O horror é um gênero maravilhoso e fantástico que dá ao cineasta uma gama muito ampla de possibilidades de abordagem de conteúdo e, principalmente, de estilização. É por isso também que não é um gênero fácil de agradar. A viúva das sombras (Vdova) é o novo filme de terror russo do diretor estreante Ivan Minin, e não agradou.
O longa conta história de uma equipe de resgate que entra em uma densa floresta de taiga no norte de São Petersburgo em busca de um garoto desaparecido, mas logo as coisas começam a ficar estranhas e eles perdem todos os meios de comunicação. Essa é a mesma floresta em que as pessoas vinham sumindo durante décadas, e os poucos corpos que apareciam eram encontrados nus. Corria a lenda de aquela era a área da Viúva das Sombras.
O roteiro interessante e promissor, no entanto, é comprometido pela forma fraca como o diretor lida com a cinematografia, justamente o detalhe que poderia tornar seu filme forte. Monótono, a película se limita a ficar repetindo a mesma fórmula o tempo inteiro – as mesmas imagens da mata, os personagens saindo e entrando da van de resgate a toda hora, a estranha Zoya (Margarita Bychkova) falando em sua voz rouca -, sem que isso nos leve a nada além de um desfecho totalmente previsível.
O longa ainda tenta se fortalecer quando se inspira no famoso e superestimado Bruxas de Blair (Daniel Myrick, Eduardo Sánchez, 1999), sem contudo contar com o poderoso marketing que foi feito antes do lançamento deste. Sendo assim, aposta num caráter meio documental e alterna a câmera entre primeira e terceira pessoa já que, com o grupo, está Kristina (Anastasiya Gribova) personagem que está documentando tudo como uma repórter irritante que atrasa o trabalho dos profissionais que estão tentando salvar a vida de outras pessoas, insistindo para que eles usem uma GoPro em seus capacetes.
Fonte: https://domtotal.com/blogs/flavialeao/621/2021/03/critica-a-viuva-das-sombras/
Dessa forma, A sombra da viúva não traz nada de novo que possa destacá-lo e torná-lo digno de nota, entrando para a lista de filmes esquecíveis que são mais do mesmo. É também mais um exemplo da máxima do bom cinema que diz que copiar ou fazer referências não importa. A diferença está na forma com que a história a contada e, aqui, não há nada demais, donde